quinta-feira, 15 de março de 2012

Quando vale a pena usar duas placas de vídeo?

Dicas, considerações e resultados de testes para você tirar dúvidas e saber se uma solução SLI ou CrossFire é essencial para seu computador.

Por Fabio Jordão em 9 de Setembro de 2011

Jogadores que idolatram o computador como melhor plataforma de jogos — justificando a presença do DirectX 11 e da aplicação de alto nível de filtros — sempre sonham em ter uma máquina com diversas placas gráficas. Para atender a esses aficionados por visuais exuberantes, as fabricantes disponibilizam soluções que aliam o desempenho de muitas GPUs.

Das atuais fabricantes, a NVIDIA foi a primeira, introduzindo a tecnologia SLI (descendente da pioneira 3dfx) para conexão de duas ou mais placas de vídeo. Pouco tempo depois, a ATI respondeu com a técnica CrossFire, de funcionamento diferente, mas com eficiência semelhante.

(Fonte da imagem: Divulgação/NVIDIA/AMD)

Hoje, as duas soluções estão muito aperfeiçoadas, tanto a SLI da NVIDIA quanto a CrossFireX da AMD — que adquiriu a ATI e todas as tecnologias que a empresa desenvolveu. Os jogos evoluíram em proporções semelhantes, fato comprovado com títulos como Crysis 2, o qual exige duas placas para execução com as configurações máximas.

Pensando nesse poder absurdo, montamos este artigo para esclarecer em quais situações faz-se necessário o uso de múltiplas placas gráficas. Dividimos o artigo em alguns tópicos importantes a serem observados antes de optar por uma solução dessas. Além disso, separamos alguns resultados para você ter ideia de qual tecnologia é apropriada para seu PC.

Pense nos títulos que serão executados

Antes de sequer cogitar a aquisição de uma placa gráfica simples, você deve avaliar os games que pretende executar no computador. Simples verificações nos sites oficias já podem dar uma ideia básica de quais placas são recomendadas para executar os jogos em configurações básicas, médias e máximas.

Assim, se você observar que o jogo desejado roda muito bem com uma GPU razoável, pode desconsiderar a solução de múltiplas placas. Todavia, se o plano é investir em jogos que ainda serão lançados, adquirir um componente de alto desempenho, ou até dois para usar CrossFire ou SLI), é um excelente plano.

Claro, placas atuais provavelmente vão falhar quanto à compatibilidade com as próximas versões do DirectX e do OpenGL. Todavia, o desempenho delas não será facilmente batido por dispositivos da próxima geração.

Placa-mãe e fonte compatíveis

O segundo passo é conjecturar se o computador tem os requisitos para a instalação de uma solução de múltiplas placas gráficas. Nesse aspecto, há três pontos que você deve considerar: espaço disponível no gabinete, suporte da placa-mãe e potência da fonte.

ASUS Crosshair V Formula (Fonte da imagem: Divulgação/ASUS)

O suporte da placa-mãe é o mais importante, afinal, se ela não tiver dois slots para a instalação dos componentes, uma placa gráfica ficará inutilizada. A potência da fonte também não deve ser menosprezada, pois quando tratamos de duas placas de vídeo, o consumo é absurdamente alto.

Para você ter uma ideia, uma única GTX 560 Ti (que não é topo de linha) consome aproximadamente 185 watts — chegando a quase 320 W quando em carga máxima. Considerando a instalação de duas placas, o cuidado com energia deve ser redobrado. Se tomarmos como exemplo esse modelo da NVIDIA, uma fonte de 850 W (de alta eficiência e com PFC ativo) é o mínimo recomendado.

(Fonte da imagem: Divulgação/OCZ)

E não é só a questão da energia que deve observada. Como estamos falando de placas de alto consumo, é preciso que a fonte instalada tenha múltiplos cabos de alimentação (o ideal é ter quatro cabos à disposição, pois se você optar por placas topo de linha, é necessário instalar dois cabos em cada uma). O tamanho desses cabos também precisa ser observado, visto que eles devem alcançar uma área distante da fonte.

Monitores e altíssimas resoluções

Outros aspectos que podem definir se você realmente precisa de múltiplas placas gráficas dizem respeito à saída de vídeo. Afinal, de nada adianta ter alto poder de processamento e usar um monitor de 15 polegadas com resolução de 1024 x 768 pixels.

Usar diversas placas de vídeo é algo compensador para usuários que possuem múltiplos monitores e desejam uma experiência imersiva e de alta qualidade. Para usuários com um único display, optar por uma solução com várias placas gráficas pode ser interessante apenas se a resolução for no mínimo de 1920 x 1080 pixels.

Desempenho abalado por uma única placa...

Em diversos testes com os mais variados tipos de placas gráficas, tanto em CrossFire quanto em SLI, constatou-se que nem sempre as placas de vídeo unidas alcançam o melhor desempenho. Algumas verificações recentes comprovaram que até mesmo placas top de linha, como a GTX 590, podem obter resultados inferiores em SLI se comparadas a uma configuração com uma única placa idêntica.

O problema geralmente reside na versão do DirectX ou nas baixas resoluções. Para trabalhar com determinados jogos, as placas de vídeo geralmente se comportam melhor sozinhas, não tendo que dividir o trabalho de processamento. Na maioria dos testes em que foi detectado a situação acima citada, a versão do DirectX era a 9.0c — em alguns era a 10.0).

Ampliar(Fonte da imagem: Reprodução/Guru of 3D)

Vale salientar ainda que geralmente as configurações com uma única placa superaram as soluções SLI (e CrossFire) em resoluções abaixo de 1920 x 1080 pixels. Isso comprova que em determinadas situações é desnecessário optar por múltiplas placas, visto que o desempenho acaba sendo menor.

Uma máquina poderosa é essencial

A princípio, atentar para os detalhes acima seria suficiente, contudo, vamos esclarecer um ponto importante aqui. Quando falamos da execução de jogos, o componente mais utilizado é o processador gráfico — daí o motivo de investir pesado em uma placa de vídeo. Entretanto, isso não quer dizer que o restante do computador pode ser de baixo desempenho.

Para investir em uma configuração com duas ou mais placas gráficas é preciso ter processador, memória e disco rígido com poder equiparável. Assim, o investimento em duas placas gráficas só é válido para consumidores que já possuem um computador com uma CPU de múltiplos núcleos (quatro ou mais), quantidade de memória RAM razoável (6 GB é o recomendado) e um disco de alta velocidade (um modelo com 10.000 RPM e 64 MB de memória buffer).

Solução AMD de alto custo e com o mais alto desempenho

Finalmente chegamos ao ponto que interessa: configurações práticas. A primeira solução que indicamos aqui é a mais robusta da atualidade — na verdade, não indicamos tal aquisição, apenas citamos esse exemplo para matar sua curiosidade.

(Fonte da imagem: Reprodução/Guru of 3D)

Trata-se de um computador com duas placas baseadas na AMD Radeon HD6990. A combinação de dois dispositivos desses em CrossFire resulta no poder de quatro GPUs unidas, visto que cada Radeon conta com dois processadores gráficos. Abaixo, todas as especificações dessa placa:

  • GPU: Cayman XT;
  • Processo de fabricação: 40 nm;
  • Frequência da GPU: 830 MHz;
  • Processadores Stream: 3072;
  • Quantidade de memória: 4 GB;
  • Tipo de memória: GDDR5;
  • Frequência da memória: 5000 MHz;
  • Barramento da memória: 256 bit x 2;
  • Consumo de energia médio: 350 W.

Segundo os testes mais recentes do site Guru of 3D, a união de duas HIS Radeon HD 6990 é uma configuração que consegue superar a junção de duas placas GeForce GTX 590 em SLI. Das nove análises realizadas pelo portal, a configuração com placas baseadas nas GPUs AMD faturou seis primeiros lugares — o que leva à conclusão de que a AMD tem os chips gráficos mais poderosos da atualidade.

Ampliar(Fonte da imagem: Reprodução/Guru of 3D)

Considerando os preços no Brasil, comprar as duas placas Radeon HD 6990 gera um gasto de 4,3 mil reais (cada uma custa R$ 2.149,99 na Pichau). Preço absurdo, com desempenho exageradamente alto e consumo de energia estrondoso. Com certeza você não precisa de tanto poder, porém, a configuração é invejável, afinal, qualquer gamer gostaria de ter essa “solução” no PC. Confira outras placas semelhantes:

  • Radeon HD 6990
  • GeForce GTX 590 SLI
  • GeForce GTX 590
  • GeForce GTX 580
  • Radeon HD 5970

Solução AMD acessível ao bolso

Utopias à parte, vamos agora falar de uma configuração AMD que você pode pensar em adquirir. Novamente usamos os testes do Guru of 3D para ter dados sólidos, possibilitando que você também confira outros resultados e decida qual placa é a melhor para seu computador.

    Analisando as diversas configurações CrossFire, recomendamos a combinação de duas placas AMD Radeon HD 5770. O site Guru of 3D analisou duas placas da HIS, mas você pode adquirir de qualquer montadora, desde que elas tenham configurações semelhantes. Confira os detalhes da placa:

    • GPU: Juniper XT;
    • Processo de fabricação: 40 nm;
    • Frequência da GPU: 750 MHz;
    • Processadores Stream: 800;
    • Quantidade de memória: 1 GB;
    • Tipo de memória: GDDR5;
    • Frequência da memória: 4800 MHz;
    • Barramento da memória: 128 bit;
    • Consumo de energia médio: 108 W.

    Em pesquisas rápidas, encontramos a ASUS Radeon EAH5770 por R$ 366,10 na loja Pichau. Assim, a compra de duas placas dessas resultaria num gasto de 732 reais.

    (Fonte da imagem: Reprodução/Guru of 3D)

    Os resultados obtidos nos diversos testes indicam que uma configuração CrossFire com duas AMD Radeon HD 5770 consegue renderizar quase 30 frames a mais, em alguns jogos, do que uma única AMD Radeon HD 5870.

    A avaliação é sempre realizada na resolução de 1920 x 1200, o que significa que com duas placas Radeon HD 5770 é possível executar os jogos com configurações máximas com uma resolução superior à Full HD. Desempenho semelhante pode ser encontrado nas seguintes placas:

    • Radeon HD 5870
    • Radeon HD 5850
    • GeForce GTS 450 SLI
    • Radeon HD 6870
    • GeForce GTX 470

    Solução NVIDIA de preço similar

    Pensando em um preço próximo ao da solução AMD, recomendamos a combinação de duas placas NVIDIA GTS 450. Nos testes do Guru of 3D, ela quase empata com a configuração CrossFireX de duas Radeon HD5770. O gasto total com duas placas EVGA GTS 450 é de 715 reais (na loja Pichau, é possível encontrar a placa por R$ 357,50). Veja os detalhes dessa placa:

    • Frequência da GPU: 783 MHz;
    • Frequência do shader: 1566 MHz;
    • Núcleos de processamento: 192;
    • Quantidade de memória: 1 GB;
    • Tipo de memória: GDDR5;
    • Frequência da memória: 3800 MHz;
    • Barramento da memória: 128 bit;
    • Consumo de energia médio: 106 W.

    Ampliar(Fonte da imagem: Reprodução/Guru of 3D)

    Nas diversas análises, a solução SLI de duas NVIDIA GTS 450 superou, em algumas poucas situações, a placa GTX 470 e até a solução CrossFireX que indicamos acima. A diferença nesses casos foi de poucos FPS, todavia, indica que a configuração pode ser compensadora para usuários que preferem NVIDIA à AMD. Você também pode optar por placas parecidas:

    • GeForce GTX 470
    • Radeon HD 5770 CrossFire
    • Radeon HD 5870
    • Radeon HD 5850
    • Radeon HD 4870 X2

    Considerações finais

    Como você pôde observar, nem sempre uma configuração em SLI ou CrossFire é superior a uma única placa de vídeo. No caso das placas top de linha, é inegável que a combinação de duas GTX 590 ou Radeon HD 6990 é imbatível. Todavia, para configurações intermediárias, é importante analisar o preço e os resultados obtidos em jogos e programas diversos.

    Você conseguiu solucionar seus problemas? O PC ainda continua com problemas? É só entrar em contato pelo tel (021) 8821-7624 Robson Mesquita

    terça-feira, 13 de março de 2012

    Manutenção de PCs: como testar se uma fonte está queimada?

    Se o seu computador não liga, não pisca e nem dá sinal de vida, a probabilidade da fonte ter queimado é alta. Mas como testá-la? Com este artigo você aprenderá, e de forma bem simples!

    Por Igor Pankiewicz em 14 de Agosto de 2009

    Problemas com computadores acontecem. Por mais cuidadosos que nós sejamos com nossos preciosos e queridos equipamentos, a realidade é que dificilmente alguém escapará desta triste situação. Para alguns deles, existem apitos da placa mãe, para outros sinais e avisos na BIOS. Alguns componentes especiais hoje vêm equipados de fábrica até mesmo com LED indicadores numerados, bastando uma rápida consulta no manual.
    Mas e quando você pressiona o botão de força e nada acontece (não há nenhum barulho, nem luz e nem ruídos dos discos rígidos, muito menos um drive de DVD trabalhando), o que fazer nesta hora tão desesperadora?


    A primeira dica sempre é verificar os cabos e as suas respectivas conexões entre tomada e a fonte, pois em alguns casos de sobrecarga o equipamento corta o fornecimento de energia para o computador. Nessas situações o problema é resolvido rapidamente com a retirada e a reinserção do cabo de alimentação.
    O problema é a falta de energia, mas não na tomada
    Para outros modelos, existe também uma chave de liga/desliga na parte de trás, geralmente logo abaixo da ventoinha. Verifique-a em ambas as posições e tente ligar o computador.
    Agora, se tudo está devidamente ligado e há energia passando pela tomada, uma das grandes possibilidades é a da sua fonte ter queimado. E para que você tenha certeza de que foi isso que aconteceu, o Baixaki preparou algumas dicas e testes bem rápidos que podem ser realizados para você não ter que desmontar o PC, peça por peça, em busca de uma solução.
    Pronto para colocar a suspeita em ação? Então vamos ao trabalho! E que fique bem claro: estes passos são válidos apenas para fontes do tipo ATX!
    Abrindo o computador
    O primeiro passo é abrir a lateral do computador com uma chave de fenda, de modo a garantir o acesso aos cabos e componentes. Basta retirar os três parafusos que ficam na parte de trás da porta lateral e puxá-la.
    Parafusos que devem ser retirados do gabinete
    Com a lateral retirada, comece a remover todos os cabos de alimentação que estão ligados aos componentes do computador, como discos rígidos, drives de DVD, ventoinhas e placa mãe.
    Para o próximo passo, nós recomendamos que você remova totalmente a fonte do gabinete, de modo a evitar que algum cabo permaneça acidentalmente ligado a algum dos componentes internos.
    Testando a fonte
    Com a fonte livre, desconectada da tomada e de todas as partes do computador, localize o cabo de alimentação da placa mãe. Ele é o maior de todos, contando com vinte ou vinte e quatro pinos, de acordo com cada versão.
    Pinos que devem ser ligados
    Pegue um clipe de papel fino e metálico, sem pinturas e dobre-o de modo que ele fique com duas pontas paralelas para baixo. Outra alternativa é utilizar um fio metálico maleável, com as pontas desencapadas.
    Com o cabo de alimentação da placa mãe em mãos, localize o terminal do fio verde e insira uma das pontas do clipe ou do fio (ele é responsável pela partida do computador quando o botão de energia é acionado). Logo ao lado deste terminal, deve haver também outro para o fio preto (GND). É nele que deve ser inserida a outra ponta do clipe. A esta altura seu conector da placa mãe deve estar exatamente assim:
    Clip de papel inserido
    Tudo certo? Então chegou a hora do teste! Cuidadosamente ligue o cabo de alimentação na tomada e depois na fonte. Caso as ventoinhas comecem a girar, você tem um indicativo de que a sua fonte está funcionando normalmente, logo dificilmente ela será uma das causas do computador não estar ligando.
    Fonte funcionou?
    Medindo adequadamente a tensão
    E para as pessoas que possuem multímetros em suas casas, uma dica final (para os casos em que a fonte liga) é também conferir se a distribuição de tensão está correta nos cabos. Para isso, regule o aparelho para modo de alimentação contínua, pegue qualquer terminal preto do cabo da placa mãe e insira a ponta multi-teste preta (com a fonte ainda ligada pelo último teste).
    Em seguida, procure pelo fio vermelho e ligue a outra ponta de testes nele. O valor mostrado no aparelho deve ser de 5V, com variação de 0,5V para mais ou para menos. Em seguida, repita o procedimento com o fio amarelo, mantendo a ponta preta no fio preto. A tensão mostrada deve ser de 12V, novamente com variação de 0,5V para mais ou para menos.
    Medindo a tensão
    Este procedimento também pode ser realizado com as pontas Molex (os encaixes para discos rígidos e outros periféricos, que contem quatro encaixes), valendo os mesmos procedimentos e valores descritos acima.
    Xiiiiiiiiiii!! Não deu certo!
    Se a sua fonte não deu nem sinal de vida com o teste proposto acima, é provável que ela esteja avariada. O custo do reparo varia também de acordo com a natureza do problema (se for só um fusível, você gastará centavos na troca), mas se você não entende de eletrônica o ideal é buscar a ajuda de um técnico especializado. Caso opte pela compra de uma fonte nova, leve sempre em consideração a necessidade de energia dos seus componentes para não comprar uma abaixo das especificações necessárias.
    Soltar a sua fonte atual e substituí-la também é tarefa simples, bastando a remoção dos parafusos da parte de trás do gabinete (mostrados na imagem abaixo) e a substituição dos equipamentos. A colocação dos cabos e parafusos para o novo equipamento também deve ser bem similar.

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    sábado, 10 de março de 2012

    Um PC de R$ 2 mil pode ter o mesmo desempenho que um PC de R$ 6 mil?

    Comparamos duas máquinas para você ter ideia das diferenças reais entre uma que cabe no bolso e outra que é apenas um sonho.

    Por Fabio Jordão em 29 de Fevereiro de 2012

    Cada vez que uma fabricante anuncia um novo componente de hardware top de linha, todos os gamers ficam babando e imaginando o incrível desempenho do produto em jogos de última geração. As especificações são cada vez mais impressionantes, e os preços acompanham essa evolução frenética.

    Muitos jogadores acabam desanimando com essas notícias, justamente porque somente um computador top de linha pode rodar os jogos com configurações máximas. Quer dizer, ao menos é o que dá a entender quando alguns gamers se pronunciam.  Será que é isso mesmo? Máquinas razoáveis não podem apresentar desempenho similar?

    (Fonte da imagem: Divulgação/Intel)

    Partindo dessa premissa, o Tecmundo decidiu elaborar um artigo comparando o potencial numérico e visível de um computador de configurações medianas com o poderio de um PC top de linha. Além disso, analisamos as possibilidades de estreitar as diferenças de desempenho entre eles.

    Se você está pensando em montar uma máquina barata e de desempenho razoável, então, a leitura deste artigo é recomendada.

    Configurações das máquinas

    Antes de começar nossa comparação, vale uma pausa para relatar as configurações de cada computador. Veja na tabela abaixo as diferenças entre os componentes e os valores.

    PC Modelo Valor Modelo Valor
             
    Processador AMD Phenom II X4 960T BE 3 GHz  R$      310,00 Intel Core i7 2700k 3,5 GHz  R$         900,00
    Placa-mãe MSI 880GMA-E35  R$      238,00 Asus Maximus IV Extreme-Z  R$     1.200,00
    Memória G.skill Ripjaws-X 8GB 1866 Mhz  R$      202,00 G.skill Ripjaws-X 16GB 1866 Mhz  R$         404,00
    Placa de vídeo Sapphire Radeon HD 6850 1 GB  R$      470,00 XFX Radeon HD 6970 2GB  R$     1.200,00
    Armazenamento Seagate 1TB  ST31000524AS  R$      340,00 Seagate 1TB  R$         340,00
          Corsair SSD 120GB  
    Fonte OCZ 600W StealthXStream2  R$      212,00 Corsair 750W TX750 V2  R$         340,00
    Gabinete Cooler Master Elite 341  R$      117,00 Thermaltake V9 BlacX Dual Bay  R$         350,00
             
      Total  R$   1.889,00 Total  R$     5.453,00

    Pesquisa de preços realizada nos sites Buscapé, Pichau, Kabum! e MegaMamute.

    Considerando que o foco dessas máquinas é a execução de jogos, nosso comparativo será limitado a três principais itens: processador, placa de vídeo e drive de armazenamento. Não realizamos testes reais entre os computadores, sendo que nosso artigo foi baseado em números disponíveis na web.

    Diferenças entre os processadores

    Em uma rápida análise, fica claro que o Phenom II X4 960T opera em uma frequência mais baixa do que o i7-2700k. A CPU da AMD conta com 2 MB de memória cache L2 e 6 MB de cache L3, enquanto a da Intel usa 8 MB de memória cache L3. Ambos possuem função Turbo, a qual aumenta o clock em 400 MHz na hora do apuro.

    (Fonte da imagem: Divulgação/AMD)

    A quantidade de núcleos é a mesma, mas o modelo da Intel pode trabalhar com o dobro de threads. O TDP dos dois é igual, o que significa que eles devem operar em temperaturas semelhantes. A nanotecnologia do processador Intel é de 32 nm, a do AMD é de 45 nm.

    O processador em números

    Vasculhando a web, não encontramos comparativos diretos entre esses processadores. Contudo, muitas análises usam os mesmos softwares, por isso, é possível saber a diferença entre eles. Em benchmarks, o processador da Intel leva vantagem em muitos aplicativos.

    (Fonte da imagem: Reprodução/Toms Hardware)

    Na hora de executar jogos, vemos que os 500 MHz a mais e a arquitetura diferente da Intel não apresentam grande vantagem. A CPU da AMD é capaz de rodar quaisquer games de última geração em configurações máximas. Em determinados jogos, entretanto, o i7-2700k pode apresentar um pequeno ganho na taxa de quadros por segundo.

    Análise do desempenho visual

    Apesar de existir uma diferença em testes, na hora de reproduzir jogos, leva-se em consideração a fluidez das cenas. Em geral, as pessoas não sentem desconforto com taxas de quadros acima de 30 fps. Jogadores mais exigentes relatam que o ideal é manter esse número em 60 fps, garantindo uma reprodução mais suave.

    (Fonte da imagem: Divulgação/Codemasters)

    Seja qual for o número, os dois processadores utilizados podem manter excelentes taxas em jogos que utilizem a resolução Full HD. Claro, a CPU não desempenha o papel principal nesses casos, por isso, a execução dos jogos vai depender muito mais da placa de vídeo.

    Desbloqueando o processador AMD

    Para igualar o desempenho, é possível realizar um overclock. Esse procedimento força o chip a operar em uma frequência acima da qual ele utiliza como padrão. Como consequência, o processo resulta num aumento de temperatura. É um recurso desnecessário quando a CPU está oferecendo bom desempenho, além de ser arriscado.

    (Fonte da imagem: Reprodução/Toms Hardware)

    Você talvez não tenha compreendido por que selecionamos o Phenom II X4 960T como chip da nossa máquina de baixo custo. Pois bem, um dos diferenciais desse processador é um recurso que pode aumentar o desempenho consideravelmente — e sem correr riscos.

    Phenom II X4 960T desbloqueado (Fonte da imagem: Reprodução/Toms Hardware)

    Trata-se do desbloqueio de núcleos, técnica que permite liberar dois núcleos a mais, aumentando o desempenho da CPU em diversas tarefas. Em benchmarks do site Tom’s Hardware, fica claro que o processador AMD tem um ganho significativo quando opera com seis núcleos.

    Diferenças entre as placas de vídeo

    A Radeon HD 6850 opera na frequência de 775 MHz, conta com memória GDDR5 de 4 GHz e oferece a taxa de transferência de 128 GB/s. A HD 6970 oferece uma GPU mais veloz (cerca de 100 MHz a mais), memória com clock de 5,5 GHz e taxa de transferência de 176 GB/s.

    (Fonte da imagem: Divulgação/Sapphire)

    Analisando apenas esses números, fica claro que a Radeon HD 6970 é muito mais potente. Todavia, as diferenças nas especificações não implicam necessariamente em um aumento brutal no desempenho dos jogos.

    Resultados em jogos

    Analisando os benchmarks do site The Guru of 3D, podemos verificar que, na resolução de 1920x1200 pixels, a Radeon HD 6850 se comporta muito bem, mantendo taxas muito próximas de 60 fps. A Radeon HD 6970 geralmente mantém desempenho muito superior, garantindo de 20 a 30 frames a mais por segundo.

    (Fonte da imagem: Reprodução/The Guru of 3D)

    Isso quer dizer que qualquer uma das placas garante a execução da maior parte dos games mais recentes com qualidade excelente e velocidade satisfatória. Quanto à Radeon HD 6850, as baixas taxas de frames não vão resultar em um desconforto visual — salvo raras exceções de games que sejam impossíveis de rodar com uma única placa.

    É possível igualar o desempenho?

    Um overclock poderia diminuir as diferenças entre as duas placas. O próprio software da AMD oferece configurações para aumentar as frequências da GPU e da memória da placa de vídeo. As consequências? Bom, o aumento na taxa de quadros por segundo seria notável. Conforme o aumento no clock, talvez, seria possível até deixar o desempenho muito próximo.

    Assim como traz benefícios, o overclock também pode acarretar em problemas posteriores. Os sistemas de refrigeração que acompanham as placas até aguentam pequenos aumentos de temperatura. Entretanto, dependendo do overclock, seria necessário substituir o dissipador.

    (Fonte da imagem: Reprodução/The Guru of 3D)

    Isso sem falar na redução da vida útil da GPU e na possibilidade de causar danos irreversíveis a alguns componentes da placa gráfica. Moral da história? Uma Radeon HD 6850 pode oferecer desempenho satisfatório em quase todos os jogos modernos, portanto, o ideal é evitar usar o recurso de overclock.

    Devo usar um SSD?

    Mudar de um disco rígido para um drive de estado sólido pode fazer toda a diferença. Ao menos isso é perceptível na inicialização do Windows. Mas e quanto aos jogos? Usar um SSD para trabalhar com jogos pode ser interessante, todavia, isso não significa necessariamente um ganho na taxa de quadros por segundo.

    Substituir um HD por um SSD pode garantir tempos mais curtos de carregamento das fases. Além disso, o SSD pode oferecer excelente desempenho em jogos que não fazem o armazenamento dos níveis (isso inclui texturas, sombras, luzes, polígonos, wireframes e muitos mais) na memória RAM.

    (Fonte da imagem: Divulgação/Corsair)

    É recomendável um SSD? Não exatamente. O drive de estado sólido pode aumentar a velocidade nos jogos, mas ele não será um fator diferencial em todos os games. O importante mesmo é ter memória RAM suficiente para armazenar todo o carregamento do jogo, assim, até mesmo um disco rígido pode quebrar um galho.

    A melhor relação custo-benefício

    Enfim, como você pôde ver, um PC de 2 mil reais pode oferecer desempenho similar ao de um computador que custe o triplo do valor. Claro, se realizarmos overclocks na máquina top de linha, não há como um sistema mais simples alcançar os mesmos resultados. Assim, fica claro que muitas vezes vale a pena observar a relação custo-benefício.

    Nossa dica final é para você que está montando um computador de jogos. Pense bem antes de comprar os componentes, pois gastar rios de dinheiro nem sempre é o melhor caminho. Visualmente falando, uma máquina razoável consegue oferecer resultados excelentes, com gráficos muito superiores aos que você vê nos atuais consoles.

    Você conseguiu solucionar seus problemas? O PC ainda continua com problemas? É só entrar em contato pelo tel (021) 8821-7624 Robson Mesquita